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O boi gordo acordou?!

por | 24 maio, 2018

A movimentação atual do mercado físico faz parecer que aos poucos o pior momento da pressão baixista está ficando para trás. A antecipação da estação seca em grande parte das regiões pecuárias do Brasil acabou também antecipando o aumento da oferta de final de safra e a o cenário de oferta abundante para as indústrias está aos poucos sendo substituído por um ambiente de preços mais firmes.

O fato de o mercado físico ter parado de cair foi a senha para um forte movimento de alta no mercado futuro que era ansiosamente aguardado pelos pecuaristas e conseguiu “tirar um pouco do atraso” do boi gordo em relação ao milho e a alta do dólar. O diferencial de preços de toda a curva da entressafra para o mercado físico subiu sensivelmente e o carrego maio x outubro está hoje em 8,6% trazendo um grande alívio para as contas do confinamento que estava até então quase sendo inviabilizado pela alta do preço dos insumos sem a correspondente alta dos preços futuros.

É bem verdade que a situação ainda está muito longe de ser confortável, já que mesmo após a alta do futuro, a relação de troca entre o boi e o milho ainda está em R$3,65 saca/@ permanecendo como a pior relação dos últimos 5 anos, porém como o principal custo do confinamento é o boi magro, quem conseguir comprar nos preços do mercado físico atual e travar a venda no mercado futuro já consegue vislumbrar alguma rentabilidade na operação.

A alta do mercado futuro trouxe outro efeito benéfico que foi o barateamento dos seguros de preço mínimo para a entressafra. Atualmente é possível comprar seguros de preço mínimo de R$145,00/@ pagando ao redor de R$1,25/@ para os meses de agosto, setembro e outubro, sendo essa uma boa oportunidade para quem quer apostar numa alta de preços para a entressafra, mas quer ter o conforto do preço mínimo já garantido.

No curtíssimo prazo, o mercado está ainda sem referência já que a greve dos caminhoneiros impede tanto a saída da carne quanto a chegada de bois aos frigoríficos, com diversas plantas no Brasil sem abater e, também, sem comprar bois jogando os abates para frente. É possível que esse “alongamento artificial” das escalas venha acompanhado com tentativas de compra em preços mais baixos, porém se o grosso da oferta de final de safra tiver mesmo ficado para trás, é provável que o mercado volte a trabalhar em ambiente mais firme nas próximas semanas, essa é pelo menos a aposta do mercado futuro até o momento.

**Texto originalmente publicado no informativo semanal da Scot Consultoria “Boi & Companhia”**