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Devo torcer para o Brasil ou para arroba em 2018?

por | 15 jun, 2018

A greve dos caminhoneiros teve impacto em cada elo da economia. No mercado do boi gordo não foi diferente. É possível dizer que ainda estamos vivendo um processo de normalização dos fundamentos.

Pelo lado da oferta de boi gordo, o volume negociado nos últimos dias vem de lotes picados, sem concentração por região, mas que deu um fôlego para a indústria jogar as programações de abate para a penúltima semana de jun/18. Ou seja, a paralisação pode ter estendido o “final da safra de pasto”.

Pelo lado da demanda de carne, no início deste mês no mercado doméstico, as cotações no atacado ganharam uma firmeza atípica frente à renda disponível curta da população. No entanto, desde meados do mês, o preço da carcaça no atacado tem recuado, saindo de R$9,95/kg para os atuais R$9,65/kg. Olhando para o mercado externo, o volume embarcado nos 6 primeiros dias úteis foi de 16,2 mil toneladas, bem baixo por sinal e que tem correlação com a dificuldade do transporte na virada do mês.

Essa combinação de fatores distorceu a relação boi gordo x carne no atacado. Note no gráfico abaixo (figura 1).


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Esse diferencial está acima de mar/17 e mai/17, quando ocorreram a “Carne Fraca” e a “Delação dos Irmãos Batista”.

É natural que a indústria tente defender suas margens após um período conturbado como tivemos na greve. O ponto é que esta distorção chama atenção e tende a ser corrigida em curto prazo, seja com a chegada mais nítida da entressafra combinado com um primeiro giro de confinamento tímido ou com a continuação dos recuos da carne no atacado.

Com possíveis correções, incerteza eleitoral e a economia patinando, uma parte dos produtores já conseguiu fixar a arroba para out/18 com custos relativamente atrativos no início desta semana, aproveitando o galeio de alta do mercado futuro. Estes vão torcer apenas para o Brasil na copa em 2018, pois o risco de preços da produção do 2º giro já foi sanado. 

***Texto originalmente publicado no informativo pecuário semanal “Boi & Companhia” da Scot Consultoria***