Por Simone Giacometti do Paraná Portal
Sob o tema “Peste Suína Clássica – Uma doença enzoótica no Brasil: Quais os Riscos de Disseminação?”, a doença que preocupa suinocultores de todo país, estará em discussão no 12º Simpósio Internacional de Suinocultura, que será realizado de 21 a 23 de maio em Porto Alegre. O palestrante convidado para falar sobre esse assunto, Nelson Morés, é veterinário por formação e pesquisador na área de patologia suína. Ele também faz parte do Núcleo Temático Sanidade de Suínos da Embrapa Suínos e Aves de Concórdia, em Santa Catarina. Na área empresarial atua como produtor de suínos desde 1991.
Entre as linhas de pesquisa desenvolvidas por ele, estão as doenças respiratórias dos suínos, biosseguridade nas granjas e na remoção e transporte de animais mortos. A modernização do sistema de inspeção de carne suína e a produção de suínos em família sem uso de antibióticos também integram as bases estudadas pelo veterinário. Segundo ele, “As pesquisas contribuem para trazer novas tecnologias e serviços que possam reduzir as perdas e aumentar a produtividade. No Brasil, os produtores estão buscando a sustentabilidade e principalmente, a segurança em toda a cadeia.”
Mais de 30 painéis de discussões e palestras estão na programação, com palestrantes de renome nacional e internacional. De acordo com os organizadores, nesta nova edição, o foco central será promover um evento eminentemente técnico, discutindo temas relevantes ao cotidiano da suinocultura brasileira. Esse objetivo deverá nortear a comissão organizadora na definição do programa científico e na logística de organização do XII SINSUI.
Suinocultura no Brasil
Dados divulgados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – o número de suínos abatidos no país chegou a 44,2 milhões no ano passado, uma alta de 2,4% em relação a 2017. No Paraná, no quarto trimestre de 2018, foram abatidas mais de 11 milhões de cabeças.
As informações, divulgadas pelo IBGE, são da Estatística da Produção Pecuária. Apesar do recorde, a pesquisa mostrou que houve queda de 4% no abate de suínos nos últimos quatro meses do ano passado, em comparação com o mesmo período em 2017.
Exportações
As exportações somaram 16,1 mil toneladas em fevereiro. A média diária ficou em 4 mil toneladas, 76% maior que a média de fevereiro que registrou 2,3 mil toneladas diárias. Em comparação com o mês de março de 2018 o crescimento foi de 72,9%. Se esta média for mantida os embarques em março podem atingir 76 mil toneladas enviadas ao mercado externo.
E a melhora nas exportações de carne suína e o melhor desempenho também no mercado interno refletiram em valorização no preço do suíno vivo nos principais estados produtores, conforme a Bolsa de Suínos. O maior preço foi em São Paulo, onde o quilo do animal vivo chegou ao patamar de R$ 4,48. Houve melhora ainda em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Paraná.
Com informações do Portal da Suinocultura