SÃO PAULO  –  A taxa de desemprego total na Região Metropolitana de São Paulo passou de 15,3%, em janeiro para 15,5% em fevereiro, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Por componentes, a taxa de desemprego aberto variou de 12,5% para 12,8% e a de desemprego oculto, de 2,8% para 2,7%. A taxa de desemprego aberto contempla pessoas que procuraram trabalho nos últimos 30 dias e não exerceram nenhuma ocupação nos últimos sete dias anteriores à entrevista. Já o desemprego oculto abrange pessoas cuja situação de desemprego está oculta pelo trabalho precário ou pelo desalento.

O contingente de desempregados foi estimado em 1,7 milhão de pessoas, 12 mil a mais do que no mês anterior. O resultado decorreu da eliminação de 78 mil ocupações (-0,8%), movimento atenuado pela saída de 66 mil pessoas (-0,6%) da População Economicamente Ativa (PEA), usual para o período.

O contingente de ocupados foi estimado em 9,3 milhões de pessoas. “A relativa estabilidade no número de assalariados (0,3%) encobre variação negativa para o assalariamento com carteira de trabalho assinada (-0,5%), que foi compensada pelo aumento dos assalariados sem carteira assinada (5,2%)”, destacam Seade e Dieese, em relatório. Houve ainda queda na ocupação para trabalhadores autônomos (baixa de 3,1%) e para os empregados domésticos (redução de 5,2%).

As pessoas mais afetadas pela redução da ocupação foram aquelas com idades de 25 a 39 anos e 60 anos e mais, aquelas que não haviam concluído o nível médio de ensino ou que tinham concluído o nível superior.

Entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, houve variações positivas nos rendimentos médios reais dos ocupados (0,7%) e dos assalariados (0,4%), que passaram a ser estimados em R$ 2.077 e R$ 2.145, respectivamente.

Por sub-regioões, a taxa de desemprego no município de São Paulo era 14,9% em fevereiro. Na sub-região Sudeste (Grande ABC), que inclui os municípios de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, a taxa era de 14,8%. Já na sub-região Leste — Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano — estava em 19,3% em fevereiro. (Por Valor Econômico)