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Boi gordo: a paixão contra a lógica

por | 24 maio, 2019

Por Douglas Coelho da Radar Investimentos

“Apaixonados por carros como todo brasileiro”. No passado, esse bordão foi tema até de propagandas de automóveis, combustível e outros. Faz sentido, talvez essa relação do brasileiro tenha alguma psicologia ligada a status ou liberdade.

O ponto é que essa paixão muitas vezes foge até da lógica, principalmente quando olhamos para o produtor rural. Isto porque a caminhonete que é comprada para a lida diária ou o carro para a filho que acabou de entrar na faculdade já sai direto com o seguro contra acidentes, mas o próximo giro ou a boiada que está no pasto ainda está exposta a todos os riscos.

O número de produtores buscando o seguro de preço mínimo (também chamada de put) aumentou desde o ano drástico de 2017, o que é positivo.  

Quem fez e não precisou usar, se recorda no ano seguinte com um sentimento confortante, pois o seu produto teve valorização no mercado físico. Neste caso, fez o seguro do carro, mas durante todas viagens passou ileso, sem nenhum arranhão.

Quem fez e precisou usar, esse sim… Nunca mais esquece. O título deste artigo faz referência à proporção de risco em ter o seguro da caminhonete e não ter o seguro da boiada. 

Pense comigo, uma caminhonete é uma ferramenta de transporte da atividade, deve custar ao redor R$155 mil, o custo do seguro (depende bastante do condutor) gira ao redor de 4,0% do valor total e ano após ano terá desvalorização/manutenção

Já na pecuária, o animal terminado é peça chave da atividade, o valor de 500 animais de 20@ terminados em SP hoje gira ao redor de R$1,52 milhão e o custo de proteção da arroba pode ser adquirido entre 0,5% e 1,2% do valor total (depende bastante do nível de preço escolhido –strike). Para uma derrapada fora da curva na pecuária em um ano ou dois dificilmente há mecânica que conserte em curto prazo.


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A comparação acima é simples, cada pecuarista tem sua particularidade de custos e sistema de produção, mas mostra como ficar à deriva no mercado não tem lógica. A paixão por produzir deve ser complementada com possibilidade da segurança de gerar receita. 

A pecuária sofreu e sofre ao longo da história pressão ambiental, social e econômica, porém, o pecuarista pode escolher gerenciar pelo menos um dos tantos riscos aos quais está exposto.

***Texto originalmente publicado no informativo pecuário semanal “Boi & Companhia” nesta última quinta-feira (23/5) da Scot Consultoria***