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Quem tem medo do frio?

por | 5 jul, 2019

Por Leandro Bovo da Radar Investimentos

O assunto da semana foi a forte onda de frio prevista para chegar no Sudeste e centro Oeste do Brasil nesse fim de semana. As previsões até o momento apontam que essa frente será a maior dos últimos anos, inclusive com potencial para geadas generalizadas nos Estados de Paraná, São Paulo, sul do mato Grosso do Sul e sul de Minas.

Na semana passada, o aumento das ofertas de compras pelas industrias sobretudo em São Paulo encontrou oferta suficiente e a consequência foi um alongamento das escalas de abate. Já nessa semana o movimento se intensificou, com o pecuarista “limpando” o resto dos pastos para mitigar qualquer impacto da possível geada do fim de semana.

Esse movimento foi o gatilho para uma queda em toda a curva de preços futuros, com destaque para o contrato de outubro que após fazer a máxima na casa dos R$ 165,00/@ tinha estacionado ao redor dos R$ 164,00/@ e acabou cedendo, fazendo mínima em R$ 161,25, estando negociado agora ao redor de R$ 162,00/@. A julgar pela força do frio reportada nas previsões meteorológicas, a reação do mercado futuro foi bastante branda, caindo apenas 1,50% na semana, sendo que no passado, outros eventos semelhantes traziam quedas de até 5% ou mais nas cotações.

Tendo o que ocorreu em outros eventos semelhantes como base, uma geada forte acaba antecipando e concentrando o fluxo de oferta, gerando pressão baixista no curto prazo, mas praticamente eliminando a oferta de bois de pasto ou semi-confinamento para frente, o que aumenta o potencial altista do restante da entressafra.

Depois da queda do pregão de 03/07, o mercado futuro se acomodou e opera em compasso de espera de qual será o impacto real da onda de frio no fim de semana. A julgar pelo posicionamento das indústrias que mesmo com escalas longas tem estado mais preocupadas em colocar animais na escala do que em exercer pressão baixista, o apetite por boi gordo nos preços atuais é grande. Uma possível nova rodada de valorizações no mercado físico e consequentemente no futuro nesse início de entressafra pode trazer boas oportunidades de fixação de preços para o restante do ano. A conferir.

***Texto originalmente publicado no informativo pecuário semanal “Boi & Companhia” nesta última quinta-feira (4/7) da Scot Consultoria***