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Devagar e sempre…

por | 30 ago, 2019

Por Leandro Bovo da Radar Investimentos

Depois do forte aumento de oferta em meados de julho precipitado pelas geadas em SP e MS, o mercado de boi gordo vem trabalhando em ambiente firme e aos poucos a diminuição da oferta vai ditando o ritmo das cotações.

Hoje existem 2 situações bastante distintas entre as indústrias frigoríficas, as que tem contratos a termo e as que não tem. Quem trabalha com essa modalidade e possui parcerias com os maiores confinadores tem pouca necessidade de compra no mercado disponível e consegue seguir sem muitos problemas, já que não trabalha com essa modalidade sente de forma mais forte a redução de oferta e tem que aos poucos pagar mais para conseguir o produto.

A alta, porém, tem vindo a conta gotas e no ano até agora ainda não houve momentos de alta forte e generalizada nos preços como já ocorreu em outros anos. Como a oferta de animais confinados em São Paulo ainda é razoável, as subidas de preço têm conseguido encontrar ofertas e não há motivos que essa dinâmica vá se alterar no curto prazo.

A subida do dólar que mesmo depois dos leilões de venda do BC tem se sustentado acima dos R$4,15 beneficia enormemente os exportadores e dá folego e margem para o atual ritmo de alta no mercado físico. É bem provável que esse ritmo seria muito mais intenso se tivéssemos conseguido a habilitação da lista das 19 plantas adicionais para exportação para a China, porém mesmo com o déficit crescente de proteínas por lá, aparentemente não existe uma boa vontade ou indicações concretas de que isso aconteça no curto prazo.

Com esse cenário, os preços do mercado futuro retomaram a trajetória de alta, sem, contudo, conseguir romper as máximas do ano até agora. O contrato de out/19 é negociado ao redor de R$161,00/@, nov19 a R$163,00/@ e dez19 a R$163,50/@, porém ainda com volumes pequenos e pouca oscilação intradiária, como aliás tem sido a regra das últimas semanas. O lado positivo disso é que a volatilidade baixou bastante barateando o preço das opções para quem quiser comprar alguma proteção para o restante do ano.

***Texto originalmente publicado no informativo pecuário semanal “Boi & Companhia” nesta última quinta-feira (29/8) da Scot Consultoria***