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Boi gordo: fluxo de notícias intenso, de negócios nem tanto…

por | 9 jan, 2020

Por Douglas Coelho da Radar Investimentos

O fluxo de notícias no início deste ano foi intenso. Em menos de 10 dias, uma série de eventos mexeu com o mercado financeiro global e o mercado de commodities.

A escalada das tensões geopolíticas entre EUA-Irã, mesmo que amenizadas após a fala do Presidente Trump na última quarta-feira, trouxe volatilidade ao dólar.

Nesta esteira de desvalorização do real frente ao dólar, combinada com uma ausência/falta de interesse do produtor de milho em negociar, as cotações do mercado físico ganharam força. Com isto, os contratos do cereal na B3 com vencimento em março/20 e maio/20 estavam cotados em R$52,42/saca e R$49,14/saca, respectivamente, quando este artigo era escrito (por volta do meio dia de 9/1). Uma valorização rápida de aproximadamente R$2,50/saca nos últimos 10 dias.

Isto abre uma janela de oportunidade para o produtor, que precisa negociar sua lavoura, mas ainda está exposto aos riscos de mercado. Vale lembrar que com as cotações do mercado futuro em alta, o preço do seguro de preço mínimo (também chamado de put) tende a ficar mais barato.

Olhando mais de perto para o boi gordo, a dinâmica de fluxo de notícias, principalmente do lado externo tem sido intensa, mas o ritmo dos negócios ainda lento, seja no mercado físico ou no mercado futuro.

Isto porque do dia 20/dez até 3/jan, a OIE notificou mais 241 surtos de peste suína, sendo que 239 estão concentrados na Europa. Além disto, os incêndios na Austrália enfraquecem ainda mais a pecuária daquele país, o segundo maior exportador de carne bovina do mundo em 2019, de acordo com o USDA. Por último, mas não menos importante, foi descoberto o primeiro foco de gripe aviária na China – o que deve ser encarado com um alerta global no setor de proteínas.

A combinação destes fatores alimenta um cenário tão positivo ou até mais do que tivemos em 2019 para a exportação da carne bovina brasileira. Os dois últimos meses do ano anterior surpreenderam a todos com a rapidez e a intensidade de movimentos dos preços.

É fato que o pecuarista não está 100% ativo nos negócios, mas as últimas lições já mostraram que ficar totalmente exposto não é prudente. As ferramentas de proteção de preço são simples e limitam os sustos da porteira para dentro.

***Texto originalmente publicado no informativo pecuário semanal “Boi & Companhia” nesta última quinta-feira (9/jan) da Scot Consultoria***