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@ em dólares convergiu para a média

por | 18 set, 2020

Por Leandro Bovo da Radar Investimentos

O dólar que havia sido o grande propulsor do preço de todas as commodities nesse ano no Brasil parece que começou a dar sinais de acomodação e já não apresenta mais a exuberância dos últimos 6 meses. Após praticamente atingir o patamar recorde de R$ 6,00/dólar, a moeda americana veio derivando pra baixo e apesar da enorme volatilidade ocorrida durante o movimento, parece que encontrou algum equilíbrio de curto prazo entre os R$ 5,20 e R$ 5,30/ dólar.

Esse movimento junto com a alta do boi gordo no Brasil fez com que o preço da nossa @ em dólares que chegou a estar 33% abaixo da média dos últimos 10 anos corrigisse muito rapidamente esse deságio retornando para sua média histórica como pode ser observado no gráfico abaixo.


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Esse movimento apenas corrigiu uma enorme distorção que tínhamos até então, e ainda está bem longe de dizer que nossa carne está cara no mercado internacional. O que aconteceu foi apenas um movimento normal e esperado de retorno à média, porém, da mesma forma, não temos mais a vantagem de estar extremamente baratos para os nossos compradores. A Argentina por exemplo, que compete conosco no mercado chinês está atualmente 10% mais barata que nossa carne e apesar de não terem o volume necessário para atender o apetite chinês, a qualidade do seu produto é equivalente á nossa.

Essa situação não é motivo para nenhum alarme e nem grandes preocupações de curto prazo, até porque existem outros fatores fundamentalistas impactando muito mais nossa produção do que apenas o preço da @ em dólares. Além disso nada impede que da mesma forma que estávamos abaixo da média, nós possamos a partir de agora ficar acima da média histórica em dólares. Apenas para comparação, no auge das compras chinesas em novembro de 2019 estávamos em US$ 55/@. Porém como são as exportações o principal driver atual de precificação do nosso produto, é importante acompanhar a evolução dos nossos preços em dólares pois será ele que determinará até onde o movimento de alta do boi terá folego para andar no restante do ano.

***Texto originalmente publicado no informativo pecuário semanal “Boi & Companhia” nesta última quinta-feira (17/set) da Scot Consultoria***