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Após perder força, venda nos supermercados volta a reagir

por | 1 dez, 2020

Redes de supermercados identificaram redução na taxa de crescimento das vendas no mês de outubro, em comparação com setembro e na relação com a média acumulada do ano, apurou o Valor com fontes do setor. Mas já houve um aumento do ritmo novamente em novembro, por conta do efeito positivo da Black Friday.

Além disso, a decisão de alguns estados de restringir mais a circulação de pessoas em dezembro, por causa do aumento de contágio da covid-19, pode voltar a favorecer o segmento de varejo alimentar e também aquelas categorias mais fortes na venda on-line.

Cadeias de pequeno porte relataram à associações regionais de São Paulo, Bahia e Minas Gerais a perda de vigor nas vendas entre setembro e outubro, apurou o Valor. Em relatório de vendas, o índice de varejo da Cielo mostra que em outubro, o faturamento nominal do setor de supermercado avançou 14,4%, versus elevação média de 18% em julho, agosto e setembro.

Segmentos como móveis, eletroeletrônicos, lojas de departamento também perderam ritmo de crescimento nesse intervalo, algo que foi recuperado em novembro, com as ações comerciais do mês.

“Outubro versus setembro desacelerou um pouco, nas novembro já foi dentro da meta, até um pouco acima, entre 4% a 5% além do que planejávamos”, disse Helio Freddi, gerente geral do Hirota. O grupo tem 58 lojas no país e nesse ano, abriu 16.

Segundo ele, numa análise mais geral, agosto foi melhor que setembro, mas setembro e outubro ficaram ligeiramente abaixo dos meses imediatamente anteriores.

Nesse intervalo, o aumento na circulação de pessoas nas ruas, que favorece o consumo fora de casa, além da necessidade de os consumidores cortarem certos gastos após o aumento da inflação alimentar podem ter tido impacto nas taxas de crescimento no período.

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) recebeu informação de algumas cadeias reportando retração de 10% nas vendas em outubro. O Valor apurou que Carrefour e GPA não tiveram queda nas vendas neste período em seus braços de venda no varejo (supermercado e hipermercado).

Líder do varejo no sul, Pedro Zonta, presidente da Associação Paranaense dos Supermercados, diz que até agosto as vendas do setor vinham aceleradas e em setembro “deu uma normalizada” nas taxas.

Na rede que fundou, a Condor, com sede em Curitiba, outubro foi positivo porque foi mês de aniversário da cadeia, e setembro ficou dentro da meta prevista. “Com as novas limitações de circulação em algumas áreas, as pessoas estão voltando a comer de novo em casa e isso favorece as vendas agora”, disse. Zonta projeta dezembro com expansão de 12% nas vendas — a mesma taxa de crescimento prevista para o grupo em 2020.

O empresário não acredita numa desaceleração mais forte das vendas em 2021 com o fim do auxílio emergencial. “Creio que a recuperação paulatina do PIB vai acabar favorecendo a demanda”, diz.

Dados da pesquisa de comércio do IBGE mostram que a receita real (descontada a inflação) dos supermercados recuou 0,4% de agosto para setembro. O segmento já havia mostrado redução das vendas em julho (-0,2%) e agosto (-2,2%), na comparação ao mês imediatamente anterior.

Na relação com o ano anterior, o setor vem mostrando vendas mais fortes todos os meses, como já se previa por conta do aumento da demanda de alimentos em casa após início da pandemia. No quadro atual, especialistas entendem que a comparação com o mês anterior retrata mais o comportamento do consumidor no curto prazo, do que em relação a 2019.

A Abras, associação nacional de supermercados, não tem publicado dados de vendas há meses. O último foi relativo a agosto de 2020. Isso ocorre porque tem havido dificuldades em contabilizar os dados, em parte porque há redes associadas que não têm enviado todos os relatórios após início da pandemia, apurou o Valor.