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Repeteco de 2019?

por | 4 dez, 2020

Por Leandro Bovo da Radar Investimentos

Há um ditado que diz que a história não se repete, mas ela com certeza rima. Esse ditado não poderia ser melhor aplicado do que na comparação do mercado atual de boi gordo com o de final de 2019.

A forte alta na virada de outubro para novembro ocorrida tanto em 2019 como em 2020 produziu aquela sensação de que o céu é o limite e que os preços iriam subir indefinidamente, porém a dura realidade é que nada sobe pra sempre e na imensa maioria dos casos, quando ocorre altas forte e abruptas, a queda que segue é de igual magnitude. Em 2019, do fechamento de outubro até a máxima do indicador em final de novembro, a alta foi de 36%, seguida por uma queda de 15% até o final de dezembro. Em 2020 a alta do fechamento de outubro até a máxima foi de 10% e se projetarmos uma queda semelhante à de 2019 o movimento de queda poderia trazer os preços próximo dos R$ 250,00/@.

Esses fortes movimentos geraram enorme oportunidades no mercado futuro, cujo contrato de dezembro chegou a estar R$ 20,00 acima do mercado físico e agora está R$ 12,00/@ abaixo do mercado físico. Quem soube usar as ferramentas de gestão de risco disponíveis e conseguiu travar todo esse ágio para o fim do ano.


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A queda do mercado físico trouxe também enormes quedas no mercado futuro, trazendo praticamente toda a curva de 2021 pra próximo do importante suporte de R$ 250/@. Ao meio dia do pregão de 03/12 o contrato de jan/21 era negociado a R$ 255,50, fev/21 a R$252,00, mai/21 a R$249,00 e out/21 a R$255,00. Toda essa queda aconteceu também pela forte queda do dólar que rompei finalmente a barreira dos R$5,20 e é negociado atualmente em R$5,13, derrubando além do boi, também os preços do milho na B3.

A barreira dos R$ 250,00 deve ser um suporte muito importante para os preços do mercado físico em 2021, já que o ambiente de baixa oferta deve continuar e na safra a dificuldade de impor recuos esbarra na boa condição do pecuarista reter as ofertas. Essa situação, no entanto, pode se alterar caso o dólar rompa o importante patamar dos R$5,00. Em 2021 vai ser um ano no boi e outro no dólar!

***Texto originalmente publicado no informativo pecuário semanal “Boi & Companhia” nesta última quinta-feira (3/dez) da Scot Consultoria***