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Deus fez o dólar para manter os economistas humildes

por | 19 jul, 2021

Por Douglas Coelho da Radar Investimentos

Escutei essa frase do economista da corretora que trabalhamos, a Necton, já faz uns 2 anos, mas nunca esteve tão atual.

O Boletim Focus do Banco Central que traz o termômetro do mercado toda segunda-feira pela manhã vem reduzindo as projeções, uma vez que há 4 semanas a estimativa para o dólar no final de 2021 era de R$5,18 e na última publicação esteve em R$5,05 para o mesmo período.

Nos últimos dias, os ruídos políticos têm sido um dos principais fatores que geraram volatilidade nesta relação USD x Real. Além disto, todo o mercado está atendo na manutenção ou redução gradativa dos estímulos do FED na economia norte-americana.

Nos últimos comunicados do Banco Central, os comunicados são de que haverá manutenção dos estímulos, enquanto no Brasil o Copom já sinalizou que os juros devem continuar em elevação nas próximas reuniões. Isto colabora com o fluxo de entrada de capital no Brasil.

Além disto, temos uma aceleração da vacinação no Brasil, o que alivia o risco sobre a economia e lembrando que a covid-19 foi um dos principais gatilhos para a corrida de alta do dólar.


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Olhando esse cenário acima para o boi e o milho, caso estes fatores sigam a tendência atual, é possível pensar em um reflexo menos relevante e mais relevante, respectivamente.

Reflexo este menos relevante paro boi gordo porque temos uma oferta enxuta estrutural, já que o abate de fêmeas foi o menor dos últimos 18 anos no primeiro trimestre de 2021. Além disto, mesmo com o dólar médio de jun/21 em R$5,02, o preço médio da t exportada em dólares e em reais ficaram 20,5% e 16,4% maiores frente a jun/20. É um cenário remunerado para a indústria exportadora, que deve aproveitar essa janela.

Pelo lado do milho, o reflexo pode ser mais relevante. Historicamente, a partir de agosto e setembro, a paridade de exportação do cereal é o principal norte para as cotações do mercado físico. Hoje no porto de Santos-SP, a indicação de compra para agosto/setembro está ao redor de R$73/saca. No entanto, vale lembrar que neste contexto temos o plantio tardio da safrinha e também as geadas que impactaram as lavouras nas semanas anteriores.

A ideia desta leitura foi trazer o contexto atual das commodities para dentro da economia, mas como o título diz com tantas variáveis políticas, econômicas e de fluxo, a moeda norte-americana sempre pode dar uma pitada a mais nos mercados.

***Texto originalmente publicado no informativo pecuário semanal “Boi & Companhia” nesta última quinta-feira (15/jul) da Scot Consultoria***