Fale conosco: +55 11 3181 8700 /     atendimento@radarinvestimentos.com.br      radarinvestimentos

logo-v1

Dê um primeiro passo e receba um convite de abertura de cadastro

Dê o primeiro passo e receba
um convite de abertura de cadastro



Dê o primeiro passo e receba
um convite de abertura de cadastro

Físico para em lado, futuro para o outro…

por | 17 nov, 2017

O mercado físico de boi gordo permanece pressionado e por mais que a oferta não seja exagerada, ela tem sido suficiente para permitir que as indústrias mantenham escalas confortáveis e exerçam pressão adicional sobre as cotações. O primeiro movimento foi a diminuição dos negócios nas bandas de cima dos preços, depois começaram a aparecer novas mínimas e essa dinâmica vem aos poucos empurrando os preços para baixo.

Um dos grandes culpados por essa pressão da indústria é justamente a dificuldade com o escoamento de carne no mercado interno, já que o consumo não tem absorvido de forma satisfatória o volume ofertado, fazendo com que nem mesmo no início do mês, onde tradicionalmente o consumo melhora, as cotações tenham conseguido ganhar força.

Essa realidade de físico pressionado, no entanto não é que o vem ditando os rumos do mercado futuro, que tem operado em alta e ampliando o ágio dos preços para os próximos meses. O contrato de nov/17, por exemplo, operou a maior parte do tempo cotado abaixo do out/17e hoje precifica R$1,00 de alta frente ao físico atual. O contrato de dez/17 apresenta um otimismo ainda maior, cotado a R$142,00 ou mais de R$4,00 acima das cotações atuais.

Um dos fatores que pode estar por trás desse otimismo do mercado futuro pode ser o diferencial de base entre São Paulo e as demais praças pecuárias que permanece em níveis muito fechados historicamente. Acompanhe na tabela abaixo:


post_cada_um_para_o_lado-7800177

**texto originalmente publicado em 26/10 no informativo Boi & Companhia da Scot Consultoria (www.scotconsultoria.com.br)**

Repare que nessa semana o diferencial de base estreitou em praticamente todas as principais praças pecuárias do Brasil e quando a comparação é com os níveis existentes há 1 ano esse movimento fica ainda mais evidente. Como São Paulo é o maior centro consumidor do Brasil e grande parte das exportações ocorrem pelo porto de Santos, é natural que o estreitamento do diferencial aumente o apetite de compra das industrias no estado. Porém esse fator ainda não tem sido evidenciado pelas cotações.

Depois de tanto sofrimento com os seguidos sustos e quedas de preço ocorridas ao longo do ano, seria muito positivo que essa recuperação de preços precificada pelo mercado futuro realmente ocorresse. A reabertura de diversas industrias ocorridas ao longo do ano e a forte seca nas regiões produtoras reforçam também essa expectativa.  Resta saber se a possível saída mais concentrada de animais confinados e o fraco consumo do mercado interno permitirão uma recuperação mais vigorosa das cotações. A aposta do mercado futuro até o momento é que sim.