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O mês de Maio será movimentado para a proteína animal!

por | 3 maio, 2019

Por Douglas Coelho da Radar Investimentos

Nas últimas semanas, o alongamento das escalas de abate no Centro-Sul brasileiro sugere que o pecuarista esteve mais disposto a negociar. O principal fator para isto pode ter sido o aumento dos preços de balcão, que abriu uma janela de oportunidade para o produtor desovar parte da boiada que estava sendo retida, diante das condições favoráveis de clima e de pasto. Isto movimentou o mercado físico e o mercado futuro do boi gordo em meados de abril.

Para o início de maio, boa parte do setor de proteína animal está atento às definições principalmente do mercado externo. A visita da Ministra à China na semana do dia 6/maio merece atenção.

No passado, a missão chinesa visitou boa parte das plantas, mas habilitou poucas. Atualmente, o cenário é outro com as baixas do plantel suíno daquele país. As compras da China de carne suína como nunca vistas antes dos Estados Unidos e a habilitação de plantas de frigoríficas de suíno da Argentina para aquele país já sinalizam alguma tentativa de preencher o déficit de proteína animal.

Nesta semana, o governo da Índia também aprovou pela primeira vez a importação de carne de frango do Brasil, desde o acordo sanitário firmado entre os dois países, em 2008.

Olhando diretamente para a produção animal, o ciclo do suíno e principalmente de aves é mais curto. Caso a demanda para essas duas proteínas reaja, o ajuste fino na produção e nos preços seria bem mais dinâmico.

Para o boi gordo, o ciclo é mais longo e estas variações são menos perceptíveis no dia-a-dia. O ponto positivo para o confinador é que o mercado precifica um cenário abundante de milho, visto os recuos na B3.

No mercado físico, neste momento a relação de troca do boi gordo com o milho está ao redor de 4,60 sacas/@. Para efeito de comparação, a média dos últimos 7 anos está em 4,1 sacas/@. Já no mercado de opções, uma referência de prêmio da opção de compra para set/19 do milho com strike de R$32/sc está ao redor R$1,30/sc, strike de R$33/sc ao redor de R$0,95/sc e call de strike de R$34/sc próxima de R$0,65/sc.

Depois de 2 anos de fatores externos negativos, há algum sentimento de fatores externos positivos para o setor. Caso algo realmente ocorra, a boa e velha volatilidade pode aumentar, o que abre janelas de oportunidade para quem necessita fixar preços.

***Texto originalmente publicado no informativo pecuário semanal “Boi & Companhia” nesta última quinta-feira (2/5) da Scot Consultoria***