Por Cristiano Zaia | De Brasília | Valor Ecônomico
A suspensão das exportações brasileiras de carne bovina para a China, determinada em caráter preventivo pelo Ministério da Agricultura, deverá durar pelo menos um mês, afirmou uma fonte do governo que acompanha de perto o assunto.
A ministra Tereza Cristina afirmou ontem que espera que o embargo seja retirado antes, em uma semana. O problema é que o serviço sanitário chinês, que já está analisando as informações prestadas pela Pasta sobre o caso atípico de “vaca louca” em Mato Grosso, não fixou prazo para concluir o trabalho.
O embargo temporário foi adotado pelo Ministério da Agricultura em cumprimento a uma cláusula do acordo de certificado sanitário firmado entre Brasil e China que prevê a suspensão imediata das exportações quando detectado qualquer caso da enfermidade. China e Hong Kong absorvem pouco mais de 40% das exportações de carne bovina do Brasil, que em maio superaram US$ 400 milhões no total.
Ontem pela manhã, ao sair de uma reunião colegiada do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, reforçou que a suspensão é “temporária” e “absolutamente normal”. Segundo ela, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) também já recebeu a notificação do ministério, examinou o processo e não fez pedidos complementares.
Apesar de o caso se restringir à carne bovina, uma fonte da indústria disse que o episódio deverá “retardar” o processo de habilitação, pela China, de mais 30 frigoríficos brasileiros de todas as carnes.