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Atratividade do boi gordo para a indústria exportadora

por | 5 nov, 2020

Por Leandro Bovo da Radar Investimentos

Com a alta forte alta do dólar ao longo de 2020, a @ do boi gordo em dólares trabalhou em grande parte do ano abaixo do seu preço médio dos últimos anos, deixando nossa carne bastante competitiva no mercado internacional. Esse foi um dos principais fatores que ajudaram a explicar a escalada de preços que tivemos até agora.

A alta dos preços da @ em reais, no entanto já corrigiu essa distorção e nos preços de hoje estamos ao redor de US$ 50/@, acima portanto da média dos últimos 10 anos que está em US$ 47/@. Ou seja, já não temos mais o benefício de estarmos muito baratos para os nossos compradores.

Uma outra métrica para analisarmos qual o apetite das indústrias exportadoras pelos bois nos preços atuais seria analisar quantas @ de boi gordo podem ser compradas com o valor de uma tonelada de carne exportada e nessa métrica também estamos no pior momento do ano. Para fazer essa conta pegamos o valor médio da tonelada exportada no mês em US$/tonelada, multiplicamos pelo preço médio do dólar naquele mês e dividimos o valor pelo preço médio da @. O resultado dessa conta pode ser entendido como a atratividade média da compra da @ atual para a indústria exportadora. Quanto maior o número, mais @ podem ser compradas com 1 tonelada de carne exportada e, portanto, mais atrativo para a indústria. Quanto menor o número pior para a indústria.


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Reparem que após o pico de mai/20, essa atratividade veio caindo até o pior momento em setembro e a alta do dólar em outubro trouxe um aligeira melhora para esse indicador, porém ainda bem abaixo da média do ano. Para novembro a tendência dessa métrica é ter nova piora, já que estamos tendo altas no preço da @ e queda no preço do dólar, significando piora nas margens da indústria.

Até agora, a indústria não esboçou nenhuma reação mais incisiva para tentar conter as altas constantes no preço do boi gordo, o que nos dá a impressão que a rentabilidade por mais que tenha piorado, ainda era positiva. É consenso que a oferta de boi gordo vai continuar escassa até o fim do ano, será que haverá alguma tentativa mais forte de frear novas altas caso a rentabilidade do abate recue mais fortemente? A conferir.

***Texto originalmente publicado no informativo pecuário semanal “Boi & Companhia” nesta última quinta-feira (5/nov) da Scot Consultoria***